Stupid thoughts...for not so stupid people.

sábado, setembro 17, 2005

Benfiquismos...


Saudações Benfiquistas!! Hoje meus amigos, era para postar algo de magnífico que se passou no dia 14 de Setembro, quando "el piccolo" vindo do nada "salta" para o altar do Glorioso, assinalando a sua conquista com um impetuoso cabeceamento, num caminhada triunfal, no regresso de um mítico clube europeu às conquistas milionárias!!Contudo, recebi várias ameaças anónimas de diferentes grupos organizados onde referiam o facto de atentar contra quem publicitasse esse acontecimento num espaço bloguístico, por isso decidi relatar a paixão benfiquista com dois exemplos vivos, e relegar para segundo plano o poderoso atacante benfiquista, il Miccoli...

Num cenário de concurso, Zé Manel e Ortêncio Caracol estão a gritar um com o outro. Apresentador assiste impavidamente sereno...

Zé Manel
Você? Você não é mais benfiquista do que eu!
Ortêncio Caracol
Desculpe lá mas sou! Eu sou muito mais benfiquista do que você!
Zé Manel
Ai não é, não!
Ortêncio Caracol
Ai sou, sim senhor!
Apresentador
Boa noite!! É justamente para evitar este tipo de quezílias entre os sócios mais fanáticos que inventámos o nosso concurso “Quem é mais benfiquista?” Meus senhores, estão preparados?
Zé Manel
Avança lá com isso, pá...
Ortêncio Caracol
Vá lá ver fáxavor...
Apresentador
Pergunta nº1 para ver quem é mais benfiquista: “Qual é o vosso número de sócio?”
Zé Manel
Ah, ah, ah! Está no papo.
(saca do cartão de sócio)
Eu sou sócio desde 1904. Cá está: sócio nº1.
Apresentador
A sério? Está muito bem conservado. Bom, nem vale a pena perguntar-lhe a si porque, se este senhor é o sócio número 1...
Ortêncio Caracol
Vale a pena, vale. Eu sou sócio desde 1867.
Apresentador
1867? Mas nessa altura ainda nem sequer havia Benfica.
Ortêncio Caracol
Pois, mas o meu avô, pelo sim pelo não, inscreveu-me logo, para o caso de vir a haver.
(saca do cartão de sócio)
Aqui está: sou o sócio –13.
Apresentador
Bom, nesse caso está 1-0 para si. Vamos à 2ª pergunta: quando é que inscreveram os vossos filhos como sócios do Benfica?
Ortêncio Caracol
Ah, ah! Ainda estavam na barriga da mãe.
(saca de uma ecografia)
Vim cá inscrevê-los com a ecografia. Olhem para isto: o puto com três meses até tinha a forma de uma águia.
(olha melhor para a ecografia)
Bom, se calhar tinha a forma de um feijão. Mas, se for a ver, é um feijão arraçado de águia.
Apresentador
E você?
Zé Manel
Isso para mim não é nada.
(saca de um teste de gravidez)
Eu inscrevi o meu puto com o teste de gravidez da minha esposa. Vim cá e disse ao senhor da secretaria: “Ó chefe, está a ver este risco vermelho? É o meu filho. Tire a foto, que é para fazer o cartãozinho”.
Apresentador
Bom, e o ponto vai para si. Está 1-1. E vamos à terceira e última pergunta: onde é que se casaram com as vossas esposas?
Ortêncio Caracol
Eu casei-me na Farmácia Franco, em Belém, onde o Benfica foi fundado. A certa altura, diz-me o padre: “Aceita casar com este trambolho que aqui está na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, nas vitórias e nas derrotas do Glorioso?” E digo eu: “Aceito, sim senhor. E já agora dá-me aí uma aspirina, que já me dói a cabeça”.
Apresentador
E o senhor?
Zé Manel
Eu celebrei o sagrado matrimónio no relvado do estádio da Luz. À socapa. Eu e a minha patroa saltámos a vedação e demos o nó exactamente no mesmo sítio onde o Eusébio dava nós aos adversários.
Apresentador
Bom, e parece que temos um empate. Vocês os dois têm exactamente a mesma quantidade de benfiquismo. Já agora, por quanto é que o Benfica vai ganhar hoje?
Zé Manel e Ortêncio Caracol
(em uníssono)
15 a 0! 15 a 0! 15 a 0
Apresentador
E quando tiver o sporting como adversário?
Zé Manel
Mas com o ricardo á baliza?
Apresentador
Sim!
Zé Manel e Ortêncio Caracol
(em uníssono)
AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH!!!!!!!!!

Autofagia Socrática

Antes de mais queria realçar a coragem dos singulares leitores deste blog pela sua coragem, dada a prolongada ausência de qualquer tipo de comentário neste imponente espaço bloguístico..a todos as minhas desculpas, mas como é do senso comum, o Verão é uma época especialmente difícil para qualquer mente sobejamente incauta como a minha, conseguir descortinar ideias e colocá-las em prática!!De volta ao "ataque" e psicologicamente mais capaz, e aproveitando uma imagem do Sr. Primeiro Ministro no exacto momento em que o mesmo pensava para ele próprio:"...mãe olha o que eu estou a fazer ao País..", eis uma dissertação do meu pensar político actual...

Assusta-me a tentação autofágica do actual poder socrático. Ao mesmo tempo que revela (pelo menos à superfície) decisão e poder afirmativo, nomeadamente no combate às corporações, deixa escorrer o capital de crédito por entre os dedos a uma velocidade vertiginosa. No mesmo dia em que não cede aos militares(e eu que o diga!) que se manifestam perante o aumento da idade de serviço necessária para a reforma, propõe o decréscimo dos 25% para os 15% que irá reduzir a bonificação do tempo de descontos,o poder da rosa decide colocar no Tribunal de Contas um seu deputado! De forma a que, garantidamente, não haja a reedição das "forças de bloqueio". Quando vota a lei que retira as reformas vitálicias aos políticos, deixa que o seu camarada Vitorino vá ganhar uns milhares num duvidoso contrato entre um escritório de advogados e uma entidade pública.

E o que mais me espanta é como é que estes senhores não percebem que bastam segundos para abalar irremediavelmente a confiança do povo, conquistada com meses de esforço e trabalho?? ...O problema, no fundo, é que se calhar percebem isso de forma cristalina, preferindo deixar-se andar num sistema que privilegia os benefícios individuais imediatos em detrimento dos interesses colectivos mediatos. Dito de outra forma, é tirar tudo o que pudermos e quem vier a seguir que feche a porta!!! O pior é que essa "tal" porta fica sempre aberta...
Alerto os leitores que assumam posições partidárias antagónicas às expostas no texto, para aquando do comentário a este post, não mencionem os nomes "Carrilho" e "Carmona"!!
Abraços [] de um oriundo descendente transmontano com estranhas influências políticas